sexta-feira, 15 de abril de 2016

Crítica – O Escaravelho do Diabo


Por Tiago Delfini Vallejo

Já li muitas críticas sobre o filme "O Escaravelho do Diabo" e tenho percebido uma unanimidade: Eles comentam sobre as caracterizações dos personagens serem novelísticas.

Apesar de eu não gostar de Novelas - em geral - eu me pergunto: "Seria isso ruim?" Considerando que é um filme baseado numa literatura infanto-juvenil que rodou nossa infância, as pessoas que leram esse livro estão na idade foco das novelas, o que faria esse filme para a "Massa Consumista"; Porém, o filme tenta ser algo mais que isso, tenta mostrar o lado suspense policial que o Livro traz. Com as diferenças clássicas de adaptações (como mudança de personagens, algumas mudanças que não cabem em uma película, enquanto num livro é mais fácil de fazer), eu vi o filme com muita expectativa como quando soube que anunciaram a produção do filme.

Particularmente, eu já vi muitos filmes Nacionais e quase nenhum me cativou ao ponto de querer ir ao cinema assistir - Outros eu assisti pelo trabalho de pesquisa de mercado e me arrependo amargamente de ter visto - mas "O Escaravelho do Diabo" me fez ir e me faria ir de novo. As atuações não são dignas de Oscar, entretanto, elas são críveis, são reais e são bem dirigidas. As cenas de reviravolta são legais e as mortes são no mínimo interessantes de como o assassino fez isso.

Percebi nas críticas, também, dizerem que o filme não atingiria as crianças - já que o protagonista agora é uma criança de 12 anos - Mas, o filme já possui uma censura de 12 anos, o que transformaria o filme de infanto-juvenil, para juvenil. E, como vi em uma das críticas, chamaria a atenção dos pré-adolescentes e adolescentes. E é isso mesmo que o filme me mostra querer; Ele mantém a vida normal de uma criança da idade da censura, ao mesmo tempo em que põe um mistério e algumas cenas de sangue, morte, pressão psicológica e, obviamente, um pequeno romance. Um prato cheio para pré-adolescentes, fãs de novelas e, como eu, fãs de livros juvenis.

O personagem principal, Alberto, é um personagem que cria muito bem a ideia de um garoto com DDA. Que não consegue ficar parado e se distrai fácil com as coisas, menos quando o interessa. E é isso que as pessoas que criticam a atuação do garoto não entenderam, ele é um personagem complexo que ninguém sabe como fazer, pois ninguém se interessa pelo distúrbio de aprendizagem que toma conta das crianças nessa geração que está já crescendo sem supervisão.


O vilão, sem spoilers, tem um motivo aceitável, trabalham bem a história dele com pinceladas no filme - nada discretas, devo admitir - e um desfecho bom. Isso, provavelmente, é mérito do livro, porém é bem colocado no filme.

Desconsiderando alguns fatores que são presentes em quase todas as produções Nacionais, o filme é de uma qualidade boa quando comparado com os "Peixes Grandes" e merece ser visto pelo máximo de pessoas que gostam de um suspense policial que não precisa pensar muito, só curtir.


Nota: 4/5

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Igreja Sangue

Igreja Sangue

As portas eram pretas de madeira de cerejeira, com maçanetas grandes de ouro pintadas com um vermelho vivo. Não era uma igreja como as outras que se veem espalhadas pelo mundo. Ela exibia, em sua entrada, a aparência de uma capela com mosaicos lindos de anjos e mulheres nuas escondendo suas vergonhas. Mas essa somente era a fachada, ou, quem sabe, um local para cultos esporádicos. Hoje o dia era diferente.

Caminhando um pouco mais para o fundo do grande desenho de um símbolo que se parecia com um cinco, quase um S, e encontrando uma porta menor e mais estreita, descendo três lances de escadas, ao longo de várias lamparinas que acendem ao movimento, com fogo de verdade aparecendo aos poucos iluminando o corredor com várias portas que poucas pessoas já adentraram, no final do corredor, estava a maior porta daquele lugar. Ela é o que interessa no dia de hoje.

A escrita começa


A escrita começa
Tudo começa com um "Era uma vez..." no mundo da histórias, não? Ou você acha que essa frase não é imaginada todas as vezes que algum escritor imagina uma história?

Mesmo que quando não escrevemos isso, pensamos que tudo começa com essa frase. E é nessa frase que eu começo a pensar no meu blog. 

Você pode me perguntar: "Então por que o título do post é "A escrita começa"?". Oras, eu te respondo! Porque todos nós já pensamos no "Era uma vez..." quando começamos nossa caminhada nas escritas. Hoje, um novo capítulo se inicia na minha vida e na vida das personagens que eu irei apresentar a vocês.

E que jeito melhor de se começar uma caminhada com uma frase clichê de começo de história?

Então venha! Tome um café, sente-se na mesa que está à sua esquerda (dependendo de qual porta da cafeteria você entrou) e curta a música e o blues que irá tocar nos seus ouvidos.

A escrita começa...